Concurso Coros Coimbra

O júri será constituído por cinco elementos: Jorge Matta, que presidirá, João Santos, António Vassalo Lourenço, Paulo Bernardino e Mariano García Sánchez.

Jorge Matta

Maestro-adjunto do Coro Gulbenkian durante longos anos, é doutorado em Musicologia Histórica pela Universidade Nova de Lisboa, onde ensinou no Departamento de Ciências Musicais.

Editor e intérprete, destacou-se pela descoberta, recuperação e divulgação do património musical português, realizando a primeira audição moderna de mais de 300 obras vocais e instrumentais de compositores portugueses, e estreias absolutas de obras de Constança Capdeville, Jorge Peixinho, Fernando Lopes-Graça, Filipe Pires, Miguel Azguime e Eurico Carrapatoso.

A sua longa discografia, a maior parte com o Coro Gulbenkian, é dedicada também à música portuguesa, desde a polifonia seiscentista até aos compositores dos nossos dias. A uma das gravações foi atribuído o Prémio Discobole da Academia Francesa do Disco. Como autor e intérprete gravou para a televisão as séries de programas “Música de Corte no Palácio da Ajuda” (1986), “Tempos da Música” (1988) e “Percursos da Música Portuguesa” (2008). Participou em destacados festivais de música portugueses e estrangeiros (Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Israel, China e Estados Unidos), e dirigiu as mais importantes orquestras em Portugal, para além de outros agrupamentos na Bélgica, Alemanha e Estados Unidos.

Foi Director do Teatro Nacional de S. Carlos e Presidente da Comissão de Acompanhamento das Orquestras Regionais.

João Santos

João Santos é licenciado em Música Sacra pela Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa - Porto, onde estudou com Luca Antoniotti (Órgão), Eugénio Amorim (Composição e Direcção de Coros), Cesário Costa (Direcção de Orquestra), Anselm Hartmann (Piano), entre outros.  João Santos tem-se destacado nas áreas de Órgão e Composição, tanto a nível nacional, com o 2º prémio no Concurso Nacional de Órgão do Instituto Gregoriano de Lisboa (2007), como internacionalmente, contactando com célebres organistas como T. Jellema, W. Zerer, M. Bouvard, J. Janssen, F. Espinasse, O. Latry, D. Roth, L. Scandali, entre outros.

Participou nos prestigiados concursos internacionais de órgão em Alkmaar, (Holanda), Freiberg, (Alemanha) e Innsbruck (Áustria). Efectua regularmente concertos por todo o país e estrangeiro, de onde se destacam a Catedral de Westminster (Londres), o Orgelfestival Rhür (Alemanha), a Catedral de Notre Dame de Paris, o St. Christoph Summer Festival (Vilnius), entre outros. Foi solista com a Orquestra Clássica da Madeira durante o Festival Internacional de Órgão da Madeira, 2014. É convidado com frequência para se apresentar como continuista em orquestras, nomeadamente com a Orquestra Filarmonia das Beiras. Como compositor, além de larga produção no domínio da música litúrgica, obras suas têm sido reconhecidas internacionalmente, sendo finalista no Simon Carrington Chamber Singers Choral Composition Competition (EUA) e no Musicaficta International Choral Composition Competition (Itália). No seguimento deste último, as suas obras Jesu Dulcis Memoria e Tryptich foram selecionadas para publicação pela editora Edition Ferrimontana, sediada na Alemanha. A sua transcrição para seis órgãos do Allegretto da 7ª Sinfonia de L. Van Beethoven arrecadou o primeiro prémio no concurso internacional de composição "Órgãos de Mafra", 2017. Na edição de 2019 do mesmo concurso, foi distinguido também com o primeiro prémio, desta vez com uma obra original intitulada “Magnificat”.

João Santos é pianista acompanhador do dueto de contratenores ENCANTO, com quem apresenta uma regularidade de concertos por todo o País, bem como em inúmeras digressões no estrangeiro, nomeadamente França, Suíça, Brasil, Estados Unidos, Bélgica, Inglaterra, Alemanha e Eslováquia.  João Santos Dirige o Coro Carlos Seixas (Coimbra) desde a sua fundação em 2007. De 2010 a 2018, foi organista titular do Santuário de Fátima. É organista titular da Catedral de Leiria desde 2007.

jsantos-organ.com

António Vassalo Lourenço

Concluiu o Doutoramento (DMA em Conducting, Orchestral Emphasis) em 2005 pela University of Cincinnati e o Mestrado (Master in Music em Direção de Coro e de Orquestra) em 1996 na mesma Universidade, onde também leccionou como Assistente. É Professor Associado, responsável pelas classes de Direção, Coro e Orquestra, e Diretor da Licenciatura em Música na Universidade de Aveiro e menbro do INET- md. Foi Diretor Artístico da Orquestra Filarmonia das Beiras, entre 1999 e 2023, e foi ainda Diretor Artístico e Maestro Titular do Coro Regina Coeli entre 1983 e 2008.

No trabalho desenvolvido com estes grupos deu particular atenção à música portuguesa, tendo realizado diversas estreias, primeiras audições modernas e gravações de obras de compositores portugueses, e ao repertório operístico, incluindo óperas infantis ou em portuguesas ou outras com versões em português. Atualmente é Maestro Adjunto da Orquestra Sinfonietta de Lisboa de quem foi co-fundador em 1995. Na Universidade de Cincinnati estudou Orquestração com Samuel Adler, Direção de Coro com Elmar Thomas, Earl Rivers e John Leman e Direção de Orquestra com o Maestro e Compositor Gerhard Samuel e ainda com Christopher Zimmerman, de quem foi Assistente de Direção.

A sua formação e atividade musicais iniciaram-se aos 8 anos na Fundação Calouste Gulbenkian onde estudou violino e fez parte do Coro Infantil. Estudou Canto na Academia dos Amadores de Música com a professora Maria Amélia Abreu tendo concluído em 1990 o Curso Superior no Conservatório Nacional de Lisboa na classe da professora Filomena Amaro. Cantou em diversos grupos profissionais entre os quais o Coro Gulbenkian, entre 1982 e 1993, e dirigiu diversos coros em Portugal.

A sua carreira como Maestro iniciou-se no Coro Regina Coeli tendo obtido com este grupo prémios em concursos internacionais. Frequentou cursos de Direção Coral em Portugal, Espanha, França e Bélgica, onde trabalhou com Manuel Cabero, Josep Prats (Barcelona), Erwin List (Strasbourg), Hélène Guy (Lyon), Edgar Saramago, Fernando Eldoro (Lisboa), Paul Brandevick (Boston), Johan Duijck (Gent) e Laszlo Héltay (Londres) e realizou também estudos de Direção de Orquestra, desde 1990, em Portugal, Espanha e França com Octave Calleya (Roménia), Jeno Rehah (Hungria), Ernst Schelle (Alemanha) e Jean- Sébastien Béreau (Paris). Foi aluno da classe de Direção da Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a orientação de Jean- Marc Burfin. Foi fundador e Maestro Adjunto da Orquestra da Juventude Musical Portuguesa e Assistente de Direção da Concert Orchestra de Cincinnati. Como maestro convidado dirigiu diversas orquestras e coros em Portugal, Espanha, França e nos Estados Unidos da América.

Desde 1987 tem participado, como monitor, em diversos Cursos de Direção Coral, é Diretor Pedagógico do Curso Internacional de Música Vocal (CIMV: Direção Coral, Canto e Ópera) e tem sido Diretor Musical de peças teatrais. Foi Diretor Artístico do Festival Internacional de Música de Aveiro entre 2000 e 2004 e desempenhou o cargo de Coordenador Artístico da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do Coro do Teatro Nacional de S. Carlos entre 2002 e 2003 e é, desde 2015, Diretor Artístico do Festival Música em Leiria. Em 2006 criou o Estúdio de Ópera de Centro, projeto que tem desenvolvido importante atividade formativa e tem realizado por todo o país produções de ópera que incluem, para além da apresentação de importantes óperas de repertório, produções em português, ópera portuguesa e ópera para crianças. Foi diretor do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro entre 2011 e 2015.

Paulo Bernardino

PAULO BERNARDINO é investigador, maestro, compositor, organista e pianista. Doutorado em Direção Coral e de Orquestra pela Universidade de Aveiro (2021), detém uma Pós-Graduação de Estudos Avançados em Polifonia administrada pela ESMAE – Porto (2023) e é também licenciado em Engenharia Eletrotécnica pela Universidade de Coimbra (1998) e em Música Sacra pela Universidade Católica Portuguesa – Porto (2003). Enquanto autor e compositor é representado pela Imprensa da UC, pela editora MPmp e pelas revistas Salicus e STELLA.

Atualmente é maestro e diretor artístico do Grupo Coral de Urrô (Arouca), do Coral Stella Maris (Anadia), do Coro APRe! (Coimbra) e do Coro da SRCOM (Coimbra), sendo fundador, entre outros, do Manuel Faria Ensemble (Coimbra). Desenvolveu uma intensa atividade docente nas áreas da análise e composição, direção coral e de orquestra, musicologia, formação musical, acústica, piano, acordeão e órgão em diversas instituições de ensino, de entre as quais se destacam a EDMS de Coimbra (1994-2021), a UCP-Porto (2003-2008), a FLUC (2005-2010), o Instituto Piaget (2008- 2013) e a ESEC (2014/15).

Colabora desde janeiro de 2018 com a paróquia de Espinho num projeto que visa a renovação musical litúrgica e sacra, sendo responsável, entre outros, pela criação do coro infantojuvenil Schola Cantorum Stella Maris. Organista da Sé Catedral de Coimbra, desde 1994, é nomeado em 2002 organista titular dessa mesma Catedral. Acumula função idêntica na Capela da Universidade de Coimbra desde 2007. É, desde janeiro de 2023, também organista titular do Mosteiro de Santa Maria de Arouca. Com mais de uma dezena de trabalhos discográficos, tem realizado concertos a nível nacional e internacional. Paralelamente à sua atividade regular, apresenta-se também enquanto acordeonista, sanfonineiro e outros.

Mariano García Sánchez

Nacido en Madrid en 1972, es ingeniero superior de telecomunicación por la Universidad Politécnica de Madrid, con formación de postgrado en Marketing por UNED, ESIC y ESADE. Tras cursar en su adolescencia el grado medio de piano en el Conservatorio Profesional Arturo Soria de Madrid, ya en su etapa adulta ha completado su formación en dirección coral con los maestros Nuria Fernández y Esteban Sanz y en técnica vocal con Amaya Añúa, Celia Alcedo, Alfredo García y Mireia Bonet.

Compagina su labor profesional en la industria de telecomunicaciones con un activo papel como director coral y gestor de eventos y organizaciones culturales. La vinculación con la música coral le surge en su adolescencia, participando desde 1990 en distintas agrupaciones corales madrileñas como tenor, pianista acompañante y director.

Como director musical y gestor institucional ha logrado numerosos premios y reconocimientos en certámenes y ciclos nacionales e internacionales con los coros Coral Santiago Apóstol y Coro Encanto, de los que es director desde su fundación. Así, ha logrado primeros premios en certámenes nacionales como Torrevieja, Cocentaina, Fuensalida, etc. Con sus coros ha actuado hasta seis veces en el Auditorio Nacional de Madrid, incluso con la presencia de S. M. la Reina Doña Sofía. Ha grabado seis discos de producción propia y uno para la Editorial San Pablo.

Ha desarrollado numerosos proyectos con amplia repercusión en diversos programas de TV y campañas publicitarias de ámbito nacional, tanto de carácter comercial como social. Es creador y coordinador general de la plataforma Coros por la Paz, surgida en 2022 como movimiento coral internacional para la promoción de la paz a través del canto, logrando convocar a más de 25.000 coralistas europeos a un evento simultáneo en cientos de ciudades europeas. Dicha iniciativa le valió para ser reconocido con el premio “Axuntábense” otorgado por la Federación de coros asturianos en 2023.